domingo, 20 de novembro de 2011

Filipa Pato (ensaios tinto) 2008. Touriga Nacional (30%) Alfrocheiro (35%) Baga (35%).




# As Uvas:
Como trata-se de um vinho de corte (elaborado com dois ou mais tipos de uva), darei apenas uma breve pincelada em cada uma, pra não deixar nenhuma passar em branco. TOURIGA NACIONAL: É a casta mais nobre de Portugal e também a mais conhecida. É originária da região do Dão, mas está presente por todo o país. Em outros países (inclusive no sul do Brasil) também é cultivada. Em breve abrirei minha garrafa do ANGHEBEN 100% Touriga Nacional (vinho nacional) e postarei por aqui. ALFROCHEIRO: Casta que dá bastante cor e aroma frutado aos vinhos que produz. É muito suscetível à podridão, e por isso, pode resultar em vinhos de baixa qualidade, caso não receba o tratamento necessário. BAGA: Portuguesa, típica da região da Bairrada (onde esse vinho é elaborado). Essa casta tem como seu defensor, o genial Luís Pato, que é pai da Filipa Pato - produtora desse rótulo-. Luís Pato é o responsável pelo aperfeiçoamento da baga. É impossível citar essa região (Bairrada) e essa uva (Baga) sem mencioná-lo. Brevemente também postarei sobre seus vinhos por aqui, mas se você estiver lendo esse post e ainda não ouviu falar nada sobre esse cara...pode procurar por algum vinho dele (importados pela Mistral) que com certeza lhe agradará bastante.

# O Vinho:
Foi escolhido por ser português e por ser da família "Pato". Eu ainda estava (na época em que o tomei) consumindo apenas portugueses. Por alguns meses fiquei apenas nos "portugas" por opção, pra estudar melhor suas uvas e produtores. Felipa Pato é uma premiada enóloga e produz ótimos vinhos, daqueles que podemos sempre ter um exemplar guardadinho na adega. Ela realmente soube seguir os passos do pai e vem fazendo um ótimo trabalho. Merece todos os elogios pela seriedade e dedicação. É a princesa da região da Bairrada. Esse vinho não passa por madeira, com objetivo de ressaltar o sabor das frutas que o compõem.

#Harmonizou com: Pato Assado.

# O que diz o fabricante: "Quando iniciei o meu projecto há uns anos atrás, comecei por chamar “Ensaios” por ter em mente descobrir os diferentes locais (terroir na língua de Napoleão) da região que me viu nascer. Partindo do estudo das diferenças no solo, micro-climas, exposição solar, idade da vinha, densidade de plantação, poda e trabalhos variados de viticultura… Sinto que hoje tenho o privilégio de ter criado uma base de conhecimento que me permite entender o maravilhoso puzzle que a nossa região nos oferece." (palavras da própria Filipa em seu site).

# O que dizem por aí: "Cor amora madura com reflexos violáceos uma mistura de rubi com violeta. Bastante frutas vermelhas e sutil aroma de pinheiro e capim seco..." /// "Bem equilibrado. Suporta tanto um beber descompromissado para jogar conversa fora quanto para acompanhar uma refeição, desde que não cometa o mesmo erro que eu e o faça acompanhar uma comida mais picante." (Vânia Predebon e Alano - no site enoteca.com.br).

# O que eu digo: Gostei muito. Fez sucesso quando foi aberto. Foi a terceira garrafa da noite e "acabou" com a reputação dos dois que tinham sido abertos antes dele...rsrsrsrs (um português normalzinho e um chileno fraquíssimo que mais me parecia "suco de pimentão").
É um vinho bonito de se ver, agradável de se cheirar e melhor ainda de se tomar...ótimo sabor! Recomendadíssimo pra tomar entre amigos na hora do bate papo. Representa Portugal muito bem. Obviamente que não chega a ser um ícone, mas é sim, um dos melhores portugueses que já tomei e me despertou a vontade de experimentar o "ensaios branco", o que pretendo fazer o mais rápido possível. Evolui na taça e só foi ficando mais agradável. Pena que só tinha uma garrafa.

#Valor: R$ 50,00 // #Nota: Não vou dar mais notas aqui. Estou achando isso meio burocrático...hehehe. Se fosse comparar com as notas anteriores (quando eu era mais bonzinho e menos experiente), esse merecia um 10....rsrsrs!!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mondovino - Documentário





O post de hoje é diferente. Quero deixar o link para quem quiser baixar esse excelente documentário: http://megadocumentarios.blogspot.com/2010/08/mondovino.html

Documentário de 2004 do Diretor Jonathan Nossiter, é polêmico e mostra como a tradição nas etapas da fabricação do vinho vem perdendo espaço para a tecnologia e para o tal do "paladar homogênio" exigido pelo mercado mundial. Ótimo filme. Foi indicado à Palma de Ouro em 2004, e tem até uma entrevista com Robert Parker.

Recomendo!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Periquita





# A uva Castelão:

É uma das principais castas portuguesas. É também conhecida como "periquita" (daí, o nome desse vinho). Os rótulos produzidos com a Castelão costumam ser bem concentrados e fortes, agressivos quando jovens, mas bem macios e equilibrados com o envelhecimento. Esse não é o caso do "Periquita", pois ele é um vinho produzido não só com a Castelão, mas com uma parte da uva Aragonês e outra terceira parte com a Trincadeira.

#O Vinho:
Comprei por curiosidade e por ser o vinho português mais vendido no Brasil (200 mil caixas/ano). É facilmente achado em qualquer supermercado. Ele é produzido pela Vinícola JMF - José Maria Fonseca, que foi quem levou a Castelão para Portugal quando era jovem e também foi o primeiro a engarrafar vinho tinto por lá; antes disso, o vinho era vendido a granel. A história de José Maria Fonseca é muito interessante, mas como o intuito do blog é comentar sobre o vinho em si, recomendo a quem se interessar que leia sobre esse cara...rsrsrs!!! Essas histórias nos deixam ainda mais interessados e fascinados nesse mundo dos vinhos. Todo vinho bom tem uma história bacana por trás.

O Periquita é considerado por muitos o embaixador dos vinhos portugueses pelo mundo, além de ser o vinho de mesa mais antigo de Portugal com 175 anos de história.
Eu tive a impressão que esse é o tipo de rótulo que quem tem um maior poder aquisitivo (que não é o meu caso) não o compra, por poder leval vinhos com mais "personalidade", que tem mais a oferecer. Mas ao mesmo tempo, ele consegue ser um vinho interessante pela sua história e credibilidade, além de ser uma ótima pedida para acompanhar as refeições. Já tomei 2 garrafas, e o dia que eu precisar comprar um vinho que já tomei (naqueles momentos em que você não quer arriscar), compro de novo!!! A primeira vez que pedi esse vinho foi em um restaurante, com minha mulher, irmã e primos, a segunda na companhia do meu irmão Felipe e do primo Rafael...ótimas companhias!!! Mas nas duas oportunidades, bebi sozinho...meus amigos não são de bever vinho...rsrsrs!!!

#Harmonizou com: Vários petiscos (queijos, mandioca com azeite, porções de carne, etc)

# O que diz o fabricante: Um vinho de perfil moderno, frutado, e com taninos equilibrados, é a companhia ideal para uma refeição informal. (www.jmf.pt)

# O que dizem por aí: "Serve pra um almoço de domingo, onde terei que bancar os vinhos, já que ninguém leva e todos bebem". (Eduardo-colega do orkut) // "A opinião do Eduardo sobre o vinho é muito boa, e o exemplo melhor ainda! Agora se vc encontrar o Reserva... o salto de qualidade em relação ao mais simples, é bem alto!" (Cléber-tbm colega do orkut) - se referiu ao vinho Periquita reserva-.

# O que eu digo: Vinho bom. Gostoso e fácil de tomar. Mais um daqueles que podemos indicar facilmente, sem medo de perder um amigo...rsrsrs!!! É equilibrado e redondinho. Ótimo pra quem tá iniciando nesse universo maravilhoso dos vinhos. Na primeira garrafa que tomei, pude notar a mudança em seu sabor enquanto o tempo ia passando e a garrafa permanecia aberta sobre a mesa. São coisas interessantes, que despertam nossa curiosidade e nem sei se isso é pra acontecer num vinho considerado "simples", mas foi o que percebi. Esse vinho aumentou bastante minha curiosidade pelos portugueses e suas castas, alimentou minha ansiedade por ler mais sobre os lusitanos e seus produtores, que já vi que são muitos e têm ótimos rótulos. Valor: R$26,90 // Nota: 7,5 (antigamente, eu daria um 8,5...mas estou ficando mais exigente...rsrsrs). Abraço!!!
*post a pedido do primo/amigo Bruno Jahel (Lemão)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Casa Valduga Premium (Gewustraminer)




# A Uva Gewustraminer ou Gewurztraminer:
Essa uva tem uma origem meio controversa. A plantada no Brasil (em Bento Gonçalves) é originária da França e produz vinhos bastante aromáticos e de sabor interessante (alguns dizem que até mesmo "picantes"); talvez daí venha seu nome (Gewurz) que significa "tempero" em alemão!

# O Vinho:
Comprei duas garrafas desse vinho. Saí de casa para comprar outro (um Sauvignon Blanc da mesma marca), mas tinha acabado na loja. O Diegão (dona da loja e meu amigo) foi quem me apresentou essa garrafa e disse que era de boa qualidade e custava o mesmo tanto do que fui procurar. Confesso que fiquei com o "pé atrás", mas por se tratar de um Valduga, comprei confiando na marca que não decepciona e na indicação do amigo (não era papo de vendedor..rsrs). Até então, nunca tinha ouvido falar dessa uva de nome estranho.

# Harmonizou com: Risoto de camarão com queijo brie. Há um bom tempo eu queria preparar esse prato. Consegui e fez sucesso!!! hehehehe

#O que diz o fabricante: Coloração amarelo palha. Intenso aroma primário, típico e exótico do varietal. Acidez e álcool equilibrados, bom volume de boca, leve e macio, com frescor permanente.

# O que dizem por aí: "Mais uma vez os Valduga se equiparando a grandes casas europeias". "A única uva que me agrada entre os vinhos brancos". "O melhor gewurz do Brasil".

# O que eu digo: Não discordo de nenhum dos comentários acima, nem do fabricante. O vinho foi excelente. As duas garrafas foram tomadas em uma hora, e se tivesse mais duas elas também iriam acabar bem rápido. Minha mulher tomou uma quase inteira e ficou bem"alegrinha"...rsrsrs!!! Senti um gostinho de frutas vermelhas e ao mesmo tempo cítricas (tipo pitanga!?!?) que me deu um certo orgulho e surpresa por descobrir do que as pessoas falam ao degustar um vinho de qualidade superior como esse. Tem uma coloração meio turva, um amarelo muito bonito. O sabor é bem suave e presente. Recomendadíssimo!!!!! Valor: R$ 33,00 // Nota: 9.



terça-feira, 30 de novembro de 2010

Santa Carolina (Carmenere) Reserva e Reservado





# A uva Carmenere:
A Carmenere é originária da França, mas hoje em dia é produzida apenas no Chile. Essa uva foi extinta na Europa pela filoxera (doença causada por um pequeno inseto de mesmo nome) que suga a seiva das vinhas; por causa dessa praga, as plantações europeias tiveram que ser substituídas por castas mais resistentes. A história interessante dessa uva é que ela foi levada ao Chile por engano e era cultivada como se fosse Merlot. Em 1994, o ampelógrafo (profissional que estuda as videiras) francês Jean-Michel Boursiquot, notou que algumas cepas de "merlot" demoravam mais a madurar e após um estudo mais aprofundado, concluiu que tratava-se da extinta CARMENERE. O Chile possui as melhores proteções naturais contra pragas que podem atacar as plantações dessas uvas, que são frágeis: A Cordilheira dos Andes, o Oceano Pacífico, o Deserto do Atacama e águas frias vindas do Pólo Sul. A Carmenere é uma uva que exige solos muito secos e dá origem a vinhos bem elegantes.

# Os Vinhos:
A Santa Carolina é uma das maiores vinícolas chilenas. Produz vinhos que atendem a muitos paladares e a todos os bolsos. Esses dois são uma prova disso.
Escolhi comprar esses 2 rótulos e tomá-los (e postá-los) juntos porque trata-se do "mesmo" vinho, o que muda basicamente de um para outro é o tempo de descanso no barril de carvalho: 9 meses para o RESERVA e nem um minuto para o RESERVADO. Essa diferença faz com que o primeiro seja considerado um bom vinho, enquanto o segundo seja taxado de vinho vagabundo, desses que a gente acha em qualquer boteco, supermercado, padaria...etc, enfim, é um vinho popular. O que mais me impressiona é que em alguns restaurantes ele é vendido por quase R$ 30,00 (uma fortuna pra um vinho desses)...a pessoa vê que é um vinho importado do Chile e acha que tá "abafando"...rsrsrsrs!!! Mas justiça seja feita, o RESERVADO não é um vinho ruim, ele é fraco! Fraco de sabor, de aroma e de todas essas expectativas que temos ao abrir uma garrafa de vinho. O RESERVA já é mais encorpadão que seu primo pobre, ou melhor, seu irmão pobre, por isso é um vinho "superior". Se R$ 30,00 seria uma fortuna pra se gastar no primeiro, seria um preço justo pro segundo. A diferença é bem grande de um pro outro. Vale lembrar que essas denominações RESERVA e RESERVADO são utilizadas pra outros tipos de uva também, sempre pra diferenciar a forma de elaboração, tempo de descanso em barril de carvalho, etc.

#Harmonizou com: "Spaghetti alla Carbonara" feito pelo amigo Ricardo Salles (o gordo) e um cupim feito por mim (o outro gordo...rsrsrs). Usei uma taça do próprio vinho (do reservado, o mais barato...é claro) na panela de pressão pra cozinhar a carne que depois foi assada para dourar.

# O que diz o fabricante: -RESERVADO: A uva emblemática do chile se expressa muito bem nesse vinho tinto de aromas marcantes de ameixa emolduradas por notas de especiarias. Macio, equilibrado e de corpo médio, tem taninos maduros e boa persistência.
-RESERVA: Basicamente a mesma coisa do anterior.

# O que dizem por aí: -RESERVADO: "É muito fraco, mas tenho uma caixa com 12 pra servir pro dia-a-dia". "Interessante pra se tomar sozinho, a dois nem tanto". "...acidez equilibrada, taninos macios, retrogosto curto e notas de madeira bem ao fundo..." (enoteca.com.br) // "lixo engarrafado " (um cara mais radical - desses conhecedores antigos) (orkut).
- RESERVA: "Vinho muito acima dos concorrentes da mesma faixa de preço." "Gostei muito do aroma. Confesso que comprei no olho apenas por ser chileno. Mas dei sorte! O paladar é bom...ótimo vinho pra se ter em casa". (enoteca.com.br) // " Ótimo vinho. Sempre tomo e sempre me surpreende."(orkut).

# O que eu digo: -RESERVADO: Não achei ruim, mas realmente achei fraco e nada complexo. É um vinho simples e é elaborado justamente pra ser assim. Popular (nem tanto, pois estamos no Brasil e ele custa mais de R$15,00) e não tem nada de interessante no seu aroma e paladar, mas estava esperando coisa pior devido aos comentários na internet...serviu pra provar que o mais importante é a nossa própria opinião!!! Usei um pouco dele pra fazer a carne (cupim) e deu um sabor excelente...se você for usar um vinho pra elaborar algum prato, pode usá-lo sem medo de errar, depois é só tomar o resto!!! Valor: R$17,50 // Nota: ia dar nota 3, mas como foi a primeira vez que tomei e esperava coisa beeeeeeeeeemmmmmm pior, posso dizer que fui surpreendido e como ainda estou iniciando nesse mundo, vou dar um 4 (vale muito a pena se você ainda não experimentou).

-RESERVA: A diferença é IMPRESSIONANTE. Já no aroma dá pra notar sua superioridade em relação ao anterior. As "férias" no barril de carvalho são mágicas. Seu paladar se torna complexo e muito mais prazeroso de se beber, principalmente se você tem expectativas ao abrir uma garrafa (o que a maioria tem). A madeira é facilmente sentida no paladar e no aroma. Vinho bem interessante de se beber. Harmonizou muito bem com os pratos. Valor: R$37,50 // Nota: 7.

Abraço!!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Trivento (Syrah/Malbec) 2009




# A uva Syrah (uma breve introdução):

Essa uva é bastante cultivada na Austrália (onde é chamada de Shiraz) e no sul da França. Sua origem é meio controversa. Enquanto uns acreditam que alguns cavaleiros persas a levaram para o sul da França, outros dizem que ela já estava lá desde o tempo da dominação romana. Há ainda uma terceira hipótese (já quase sem adeptos) que prega que a uva Syrah é originalmente siciliana e que por causa dela, a cidade de Siracusa tem esse nome. Enfim...cada um escolhe a sua história preferida!!! O importante é que essa maravilhosa cepa produz vinhos excelentes. A Syrah tem ganhado cada vez mais espaço em inúmeros países, mas devido a sua adaptação em climas quentes, ela encontrou ótimas condições de plantio foi mesmo na Austrália, pra onde foi levada em 1832 por James Busby. A fruta Australiana produz vinhos mais doces, diferentes dos franceses que têm em seu paladar, notas de pimenta e especiarias.


# O vinho:

Esse é um vinho Argentino (produzido na região de Mendonza). A Trivento é uma filial argentina da Concha y Toro, e esse nome é em homenagem as três ventos que sopram nessa região (Polar, Zonda e Sudestada). Esse vinho é produzido com duas uvas (Syrah e Malbec) e o escolhi pelo preço (R$ 18,00) e por ser um vinho bom pra quem tá começando. É um vinho muito comum para os "dias normais", tomei em três dias; depois de aberto, estreei minha vacuvin (bombinha para tirar o ar da garrafa e fechar a garrafa) pra deixá-lo na geladeira e tomar nos outros dias. Pelo valor, não se pode considerá-lo um ótimo vinho; pelo contrário, ele está há anos luz disso...mas seria uma injustiça considerá-lo uma porcaria. Eu diria que é um vinho REGULAR, ao contrário do Terrazas de Los Andes (que postei há 3 dias) que considero um vinho BOM. Mas enfim, quando se é um iniciante tudo (ou quase tudo) vale a pena. Vale lembrar que a Trivento possui vinhos muito mais caros e de qualidade bem superior.


#Harmonizou com: Pizza, petiscos diversos e carne vermelha (3 dias diferentes).


#O que diz o fabricante: Aromas intensos de chocolate e café, taninos vibrantes e grande persistência na boca. Ideal com carnes vermelhas.


# O que dizem por aí: "Vinho com rubi intenso, acidez alta e taninos suaves. Um vinho simples de degustar e bom para o dia-a-dia." (enoteca.com.br)


# O que eu digo: É um vinho que desempenha muito bem seu papel de vinho comum. Tem alguns com o mesmo preço e bem piores. Nele você paga um preço justo e está levando um vinho gostoso e fácil de beber. Valor: R$ 18,98 // Nota: 4,9 (quase 5 - vinho mediano).

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Miolo Gamay 2009


# A uva Gamay:
A uva gamay foi levada para a França no século III vinda da região da Dalmácia (região que compreende territórios croatas, bósnios e montenegrinos). Essa uva dá origem aos famosos vinhos fraceses chamados de beaujolais, assim chamados por serem feitos na região de mesmo nome. O solo arenoso e rico em ardósia da região de beaujolais é ideal para o cultivo dessa casta que produz vinhos que devem ser consumidos jovens. Na França o lançamento das safras do beaujolais nouveau (o beaujolais mais famoso do mundo) é um evento muito famoso que acontece todo mês de novembro e leva milhares de pessoas às ruas para celebrar sua chegada. "Le Beaujolais Nouveaux est arriveé!!!" (O beaujolais nouveau chegou) é a frase que ecoa nos 4 cantos do planeta nessa época...mas vou falar mais sobre isso futuramente, quando eu abrir uma garrafa do verdadeiro beaujolais...
# O Vinho:
Esse é um vinho nacional produzido na serra gaúcha. A vinícola Miolo é a maior do país e tem 40% de domínio sobre o mercado nacional e produz vinhos comercialmente desde 1990. É uma empresa que cresceu bastante desde então e produz mais de 100 diferentes rótulos, inclusive com parcerias e participações em várias regiões do mundo.
Esse vinho foi escolhido porque eu estava procurando algum rótulo que harmonizasse com pizza e achei uma reportagem da revista DIVINO que reuniu vários degustadores em uma pizzaria justamente para fazer um comparativo entre algus vinhos e concluir qual foi o mais adequado para escoltar uma bela redonda. E o Miolo Gamay, além de ter sido o escolhido por um dos jurados ainda era o mais barato da matéria, portanto...
Pedi auxílio a um pessoal em uma comunidade do orkut pra saber mais sobre esse vinho antes de comprá-lo e ele só recebeu críticas pesadas. Acho que pela experiênica do pessoal, eles torceram o nariz pro vinho dizendo pra eu não esperar nada demais dele, uns disseram pra eu "pular fora" enquanto outros me encorajaram a comprar por eu ser inicaiante, e que vale a experiência.
Uma coisa que eu tenho que dizer sobre esse vinho é que ele é feito para ser tomado novo (com poucos meses), inclusive a safra 2010 já está sendo vendida e quero comprar uma pra fazer a comparação. Se você se deparar com uma garrafa de 2009 pra trás...CORRA...vi no supermercado uma garrafa de 2007, o que pra mim, beira o absurdo!!!
E ele é feito para se tomar em temperatura mais baixa que de outros vinhos tintos. Enquanto a grande maioria dos tintos devem ser servidos entre 16 e 18 graus, o gamay deve ser consumido entre 10 e 12 graus.
#Harmonizou com: Pizza (se me lembro bem, foi de calabresa).
# O que diz o Fabricante: Alta intensidade aromática, que lembram aromas frutados como framboesa, goiaba, amora e morango. Estrutura leve, suavidade em boca, retrogosto persistente e extremamente agradável.
# O que dizem por aí: "cara, esqueça esse vinho, compre outro." "Vale a pena pela experiência já que você está coeçando agora." (orkut) / 'Aromas suaves, herbáceos e sem grande aprofundamento...decepcionante..." (enoteca.com.br -sobre a safra 2008).
# O que eu digo: Valeu a pena! Até eu que estou nessa há pouco tempo senti a diferença de beber um vinho "mais fraco" e menos potente. Acompanhou muito bem a pizza. É um vinho gostoso, exceto pelo álcool que achei muito acentuado (só eu que achei isso). Tomamos a garrafa toda (eu e minha mulher). O aroma é ótimo. Senti algo de superficial nesse vinho, não sei se foi pela safra que já fez um ano ou se é assim mesmo. Quero comprar logo a de 2010 pra tomar o quanto antes.
Abraço!!!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Casa Valduga - Premium (Chardonnay) 2006


# A uva Chardonnay:
Essa uva é originária da região da Borgonha (França) que é o berço dos melhores e mais caros chardonnays do mundo. É a uva branca mais famosa do mundo por ser relativamente fácil de se cultivar, por isso é conhecida como a grande uva branca, a rainha das uvas, etc...! Além disso, é bastante versátil, pois é usada para elaborar vinhos de características diversas, de acordo com a vontade do produtor. Com ela, pode-se fazer vinhos leves e frescos, assim como encorpados e até mesmo vinhos doces. É uma casta pouco aromática e por isso pode absorver bastante as características do solo e do processo de vinificação, dando origem a um vinho com a "cara" de seu produtor. Por essa facilidade de manipulação e falta de uma "identidade de aroma e sabor" mais marcante, a chardonnay é desprezada por vários críticos e adorada por outros.
# O Vinho:
Embora a França seja a mãe da chardonnay, os vinhos sul-americanos elaborados com essa uva também estão ganhando seu espaço. Obviamente, não são muito caros e nem tão charmosos como os "borgonha"; mas os brasileiros, chilenos e argentinos não estão fazendo feio. Esse CASA VALDUGA escolhido, é um vinho nacional produzido pela família Valduga na Serra Gaúcha. Na minha opinião (depois de algumas pesquisas), trata-se de uma das melhores (se não a melhor) vinícola brasileira. A empresa foi fundada em 1973 e está instalada mais precisamente na cidade de Bento Gonçalves na região conhecida como Vale dos Vinhedos.
# Harmonizou com: Penne com molho ao sugo e manjericão (o mesmo prato do post anterior - foi aberto no mesmo dia).
# O que diz o fabricante: Apresenta aromas frutados, unindo notas como maçã e melão, além de amêndoas doces e mel, transferidas pela maturação em carvalho. Pleno e equilibrado, apresenta boa estrutura de boca e complexidade marcante confirmando as notas da degustação olfativa.
# O que dizem por aí: "Casa Valduga sempre de parabéns com seus vinhos; e esse chardonnay é um dos melhores encontrados no vale dos vinhedos." "O valduga premium que tive o prazer de degustar conseguiu equilibrar o sabor amadeirado (já que é maturado em carvalho) e a refrescância do chardonnay". (fonte: www.enoteca.com.br)
# O que eu digo: Vinho facílimo de se beber e que agrada a todos. Se você for preparar um jantar pra uma mulher ele é uma das escolhas ideais. Tem um aroma suave e delicioso. É um vinho frutado e com acidez equilibrada e agradável. Nota 8.
Abraço!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Terrazas de los Andes (Malbec-2006)


# A uva Malbec:

A uva MALBEC é originalmente francesa, mas foi devastada por uma praga no fim do século XIX. Em 1852, ela atravessou o atlântico e foi parar na Argentina, que hoje responde por quase 60% de sua produção mundial. As características dessa uva mudam bastante de acordo com o solo e com o clima do lugar onde é cultivada. Os vinhos Malbec argentinos são considerados os melhores do mundo, e é lá na região de Mendonza que os produtores encontraram as condições de clima e solo ideais para seu cultivo. Na sua terra natal (região de Bordeaux - França) a uva malbec hoje em dia, é bastante utilizada na elaboração de vinhos que utilizam corte de várias uvas diferentes. Enquanto isso, na região de Cahors (também na França) ela é a principal variedade e vem querendo "brigar" com as produzidas na Argentina em busca do posto da melhor MALBEC do Mundo (mas comercialmente falando, ainda estão perdendo de muito).


#O vinho:

Esse "Terrazas de Los Andes" é um vinho argentino. Antes de comprar esse meu primeiro vinho, dei uma pesquisada na internet sobre vinhos bons pra quem tá começando e achei esse daí. Ele é um legítimo malbec argentino. Produzido em Mendonza. A bodega Terrazas de los Andes é de propriedade do grupo francês Moet & Chandon, que em 1959 abriu sua primeira filial fora da França para produzir espumantes; em 1988 eles começaram a produção de vinhos varietais de alta qualidade.


#Harmonizou com: Penne com molho ao sugo e manjericão.


#O que diz o fabricante: Vinho substancioso e suculento com taninos suaves e bem amadurecidos. Notas de frutas pretas, compota de frutas e baunilha. Esta composição dá ao vinho um produto final de água na boca.

#O que dizem por aí: "...ótima relação custo benefício, coloração um pouco mais clara que a maioria dos malbecs, vinho de consumo diário e bastante aromático..." (fonte: www.enoteca.com.br). Não li nada de negativo sobre ele.

#O que eu digo: Sinceramente acho que estreei com chave de ouro nesse universo. Ótimo vinho e tomei praticamente sozinho...rsrsrs. É encorpado. Eu ainda não consigui perceber todos esses aromas e paladares que dizem por aí, mas um dia chego lá. Nota 7,8 (quase 8).


Abraço!!!

My Wine Bar - O Diário do Vinho


O intuito desse BLOG é simplesmente documentar todos (todos mesmo) os vinhos degustados por mim (e por minha esposa, meus amigos, primos, etc...), assim como demonstrar nossas percepções e opiniões sobre eles. Eventualmente, espero postar também algumas receitas dos pratos usados para compor as harmonizações com os rótulos escolhidos.
Eu já estava escrevendo tudo isso em um caderno, e agora espero dividir essas informações com todos que tiverem interesse, seja pra tomar vinho, seja pra presentear alguém com um vinho, seja pra simplesmente rir da minha cara...rsrsrsrsrsrs!!!
Abraço!!!